giovedì 28 agosto 2014

Mudo pela beleza.

Coisas que nunca consigo dizer-te.
para alem dos campos,
para alem dos sons,
dos passaros que chamam
o amanhecer do sol...
para alem das lagrimas da chumas
que pisam o chao, debrochando lindos flores.
para alem da sua inocente beleza,
que suporta o passar do tempo,
eu amo o essenzial que é em voce.

domenica 30 dicembre 2012

Per te

Non respingermi se ti dico
che scordo il suono della tua voce,
che i tuoi occhi dimentico, felici mentre indagano
attraverso il tempo per scorrere il nostro sentimento.

Ma quando sbocciano i fiori di melo
sotto la luna dalle dita pallide,
sul mio petto vedo il tuo chiaro volto
e i miei obblighi cancello fingendomi malato.

Allora sulla mia camera chiudo le imposte a nascondere il giardino, dove lieta
è la luna per i fiori aperti, che la seducono
con la loro bellezza, chiedendo d'essere ricambiati.

E a te levo le braccia dolenti
e il mio petto avido angosciato sollevo
e lacrimo davvero tormentandomi per te,
e alle porte del sonno mi slancio, per riposare.

Tutta l'ansiosa notte mi agito per te
sognando che sottomessa la tua bocca si porga alla mia,
sento trasportarmi dal tuo petto vigoroso
in un sonno che nessun dubbio o sogno può insidiare.

sabato 7 agosto 2010

Figuras do narcotráfico na Guiné-Bissau



«Administração Interna e Administração territorial são pastas chave pelas quais passavam não só o controlo das forças de segurança mas também todos os movimentos de e para o interior do país.»

O fenómeno do narcotráfico na Guiné-Bissau e o estabelecimento das bases operacionais que levaram à criação do primeiro narco-estado africano teve o seu desenvolvimento entre 2006 e 2008. Na altura, a Guiné-Bissau, um dos países com menor índice de desenvolvimento do mundo, começou a conviver diariamente com voos nocturnos, estranhas movimentações militares em pistas de aterragem abandonadas no interior do país, e um cada vez maior número de viaturas topo de gama que faziam, elas próprias, a distinção entre o mundo do tráfico e o mundo do normal guineense.

As redes de narcotráfico inflitraram-se em todos os domínios da vida na Guiné-Bissau. Desde a classe militar à classe política, passando pelos empresários de ocasião e terminando naqueles que a troco de alguns dólares arriscavam transportar no interior do seu organismo alguns quilos de cocaína nos voos para a Europa. A disseminação da cocaína na Guiné-Bissau, pelo grau a que chegou, nunca poderia ter sido atingida sem que as mais altas figuras do Estado tivessem adoptado uma postura de “activa conivência”.

A influência de Baciro

Pedra basilar de todo o fenómeno do narcotráfico na Guiné-Bissau foi Baciro Dabó. Assassinado na madrugada de 5 de Junho de 2009 em mais uma alegada tentativa de Golpe de Estado a assolar a ex-colónia portuguesa, Baciro Dabó ocupou entre 2006 e 2008 as pastas de Secretário de Estado da Ordem Pública e posteriormente de Ministro da Administração Interna. Em final de 2008, e não obstante o avolumar de suspeitas internacionais de envolvimento no narcotráfico, Baciro foi nomeado Ministro da Administração Territorial.

Administração Interna e Administração territorial são pastas chave pelas quais passavam não só o controlo das forças de segurança mas também todos os movimentos no e para o interior do país. Baciro usou desta sua influência para

assegurar condições ao estabelecimento dos narcotraficantes sul americanos, garantindo a segurança necessária para o prosseguimento das suas operações com destino à Europa. A Guiné-Bissau tornou-se assim, pela mão de Baciro, a plataforma africana de narcotráfico por excelência. O envolvimento de Baciro no narcotráfico nunca foi um segredo de Estado Guineense. O então Ministro não escondia de ninguém os seus gostos luxuosos e o culto da ostentação que o seu súbito enriquecimento lhe permitia exibir. Baciro era simultaneamente temido e invejado. À boca pequena, o facto era comentado por toda a Bissau. Pela população em geral, que mantinha o silêncio receosa da sua aura de gangster urbano e dos seus intempestivos ataques de fúria, e pelas mais altas figuras da Nação guineense, muitas delas também beneficiárias directas ou indirectas dos negócios de Baciro.

A público chegaram apenas uma mão cheia de casos ligando Baciro ao narcotráfico. Muitos outros terão acontecido que nunca terão sido conhecidos. Isto porque Baciro usava a capa do combate ao narcotráfico, função que tinha a seu cargo como Ministro da Administração Interna, para a realização de operações de descarga com total segurança e discrição. Foi assim que largos quilos de cocaína apreendidos pelas forças de segurança guineenses sob o seu comando foram vendidos para seu proveito próprio. Para tal, Baciro simplesmente visitava diariamente traficantes locais no Bairro de Pilum, que tranquila e discretamente tratavam dos seus negócios e garantiam o escoamento da “mercadoria” no mercado internacional, nomeadamente na Europa. Com o consumo de cocaína em expansão na Europa, Baciro não perde oportunidades de conquistar esse mercado. Em 2006, desapareceram 150 embalagens de cocaína quando eram transportadas do Ministério do Interior para o Supremo Tribunal de Justiça, por forças à guarda de Baciro Dabó. Em Outubro do mesmo ano, no aeroporto de Bissau foram presos três nigerianos que transportavam cápsulas de cocaína. Quando Baciro entregou a cocaína em tribunal, tinha já trocado as originais por outras feitas por si. Não satisfeito, mais tarde, auxiliou mesmo à fuga dos três detidos.

O controlo das forças de segurança exercido por Baciro Dabó enquanto Ministro da Administração Interna permitiu também a colocação de elementos chave nos lugares certos, nomeadamente no Aeroporto de Bissau.

Tornaram-se comuns as chegadas de aviões não previstos que transportavam material “humanitário”, cargas que nunca passavam pelos serviços alfandegários por ordens do Ministro. A maioria dos elementos de segurança dos colaboravam com Baciro Dabó nas operações de narcotráfico continuam hoje a desempenhar as mesmas funções no aeroporto de Bissau.

Uma herança de Baciro para a cultura de impunidade que tomou conta do país.

Uma das maiores apreensões de cocaína em solo guineense ocorreu em Abril de 2007, quando a Polícia Judiciária capturou 635 quilos de cocaína. Inicialmente descarregada em Cufar, no Sul do país, a cocaína em estado puro estava a ser transportada para Bissau por altas patentes militares, entre os quais o capitão Rui Na Flack, braço direito do então Chefe de Estado Maior Tagme Na Waie. Cinco dias depois da detenção inicial, Na Flack foi libertado, já depois de Baciro Dabó ter assumido a liderança de um grupo de polícias que tentou assaltar as instalações da PJ, alegando actuar em nome do Presidente “Nino” Vieira. Só a chegada de representantes das Nações Unidas permitiu adiar a concretização da “libertação”.

Ligações de alto nível

Mas a transformação da Guiné – Bissau em Narco-Estado não foi trabalho exclusivo de Baciro Dabó. Apesar do lugar central que desempenhou, Baciro teve a conivência e o apoio das principais figuras do Estado Guineense, desde

políticos, militares a empresários e deputados, alguns deles ainda em funções.

“Nino” Vieira, o ex- Presidente da República Guineense assassinado a 2 de Março de 2009, ocupou um lugar central em todo este processo.

A sua posição na hierarquia do Estado e o seu estatuto na sub-região africana permitiu-lhe o forjar de ligações com o falecido Lansana Conté, Presidente da vizinha Guiné-Conakry e com o filho deste, Ousmane Conté, actualmente detido no seu país por crimes relacionados com o tráfico de droga. Entre “Nino” e Conté existiram transferências de largas somas de dinheiro, transportadas em mão por familiares do Presidente da Guiné-Bissau, a coberto de viagens efectuadas com passaportes diplomáticos.

Em Bissau, Nino Vieira utilizava sobretudo as ligações de Baciro Dabó aos narcotraficantes sul-americanos, tendo como “testa de ferro” vários elementos familiares. Aresidência de um destes “sobrinhos” do Presidente no centro de

Bissau era mesmo conhecida na cidade como um ponto de encontro habitual entre os traficantes da cidade (sul-americanos e guineenses).

“Nino” e a sua estrutura familiar ocupavam mesmo o primeiro lugar entre os traficantes que mais cocaína escoavam para Portugal.

Outra das redes a operar em Bissau era a de Tagme Na Waie, ex- Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas guineenses, assassinado na mesma noite de “Nino” Vieira. A rede de Tagmé Na Waie tinha a particularidade de estar apoiada na acção dos Para-Comandos, a unidade militar com maior nível operacional do país.

Tagme controlava o narcotráfico com apoio “militar”, chegando mesmo a utilizar o edifício do Estado Maior em Bissau como armazém da droga entrada em Bissau. Terá também sido Tagmé quem conduziu Bubo Na Tchuto, então Chefe de Estado Maior da Armada, aos primeiros contactos com os narcotraficantes sulamericanos.

Depois de entrar no negócio, Bubo transformou os Fuzileiros na sua unidade militar privada, utilizando-a em regime de quase exclusividade para as operações de narcotráfico.

A particularidade das operações de Bubo Na Tchuto é que os carregamentos de cocaína vindos da América do Sul eram largados em alto mar (quer por via aérea, quer por via marítima), sendo depois recolhidos por botes da Marinha e posteriormente armazenadas em terra.

Bubo, que conduzia um veículo Hummer em Bissau (o Presidente “Nino” tinha também um Hummer, um “discreto” veículo amarelo que percorria diariamente as esburacadas estradas de Bissau) usou a sua posição na Marinha para estabelecer duas bases no arquipélago dos Bijagós, uma na ilha de Bubaque e outra em N’ghagu, a partir das quais era feita a distribuição para Conakry e para a pista de aterragem de Cufar, principal entreposto de chegada de droga na Guiné-Bissau.

O “annus horribilis” dos barões da droga

As elevadas quantias que o tráfico de droga permitia obter levaram a que os elementos das primeiras redes se tenham autonomizado, com óbvias implicações entre os diferentes actores.

Estas redes iniciais, que no início tinham elementos comuns e uma hierarquia que não era coincidente com a das estruturas das Forças Armadas ou do Estado, começaram a dispersar-se não se detendo em lealdades anteriores.

É assim que em Setembro de 2007 se verifica a ruptura entre Baciro Dabó e “Nino” Vieira. Se por um lado, Baciro começava a prejudicar as altas figuras do Estado no narcotráfico, não só por exigir para si um quinhão superior ao que era depois atribuído a essas mesmas altas figuras, por outro, a sua excessiva ostentação da riqueza começou a fazer soar os alarmes internacionais para a perigosa disseminação do fenómeno do narcotráfico no país. Com a classificação de Guiné-Bissau como Narco-Estado foi decidido internamente que era necessário uma maior discrição no tratamento destes negócios e o afastamento das figuras de Estado já “queimadas” pela Comunidade Internacional.

Pressionado, Baciro recusou a demissão e ameaçou mesmo “Nino” Vieira com revelações sobre as suas actividades ilícitas. O impasse manteve-se até 2009, “annus horribilis” dos grandes barões da droga guineenses.

As mortes de “Nino” Vieira, Tagme Na Waie e Baciro Dabó poderiam, à primeira vista, fazer crer que a decapitação das redes conduziria ao final do fenómeno do narcotráfico no país. Mas ainda hoje, muitos são os conotados com o narcotráfico que ocupam lugares de destaque na Guiné-Bissau.

Militares, políticos, empresários e um sem número de outros cidadãos comuns que beneficiando dos escassos meios à disposição dos órgãos de justiça locais continuam a desenvolver as suas actividades e as suas operações milionárias, fruto de uma cultura de impunidade que se entranhou na mentalidade do país.

Exemplo desta situação é o caso de um ex-Director Adjunto da Secreta guineense que, como forma de contrariar a vigilância que as autoridades guineenses estariam a colocar aos locais de aterragem abandonados no interior do país, resolveu, ele próprio, construir uma pista de aterragem para aviões bimotores numa propriedade que possuía no Sul do país. Primeiro as máquinas, depois os voos nocturnos, por fim as caravanas de viaturas a alta velocidade que partiam para Bissau durante as horas mortas da madrugada. Apesar de todos estes indícios, não existem registos de que até hoje este alto responsável do Estado tenha sido questionado pela Justiça Guineense. _



CONFIDENTIAL NEWSLETTER, Junho 2010

giovedì 17 giugno 2010

La Corte Costituzionale cancella l'aggravante di clandestinità



Ancora una bocciatura per le leggi razziste e xenofobe volute dal governo Berlusconi e dalla attuale maggioranza di governo. Questa volta è stata la Corte Costituzionale a bocciare la legge che introduce l'aggravante della clandestinità, cioè un aumento di pena fino ad un terzo previsto per chi viene condannato ed è extracomunitario. La norma - secondo quanto pubblicato dall'Ansa - è stata bocciata per violazione dell'articolo 3 e dell'articolo 25 della Costituzione. Cioè per illogicità della norma e per violazione dei principi di eguaglianza. Infatti si tratta di una aggravante che non corrisponde ad una effettiva maggiore gravità del reato ma solo ad una differenza di status (cittadino italiano o extracomunitario). E questo viola le norme costituzionali.
Invece sarebbero state dichiarate infondate le eccezioni di costituzionalità sul reato autonomo di immigrazione clandestina, punito con una multa da 5 a 10 mila euro. Anche se non incostituzionale, comunque la legge ha ricevuto pesanti critiche praticamente da tutti: Alto Commissario dell'Onu per i diritti umani, magistrati italiani, Medici senza frontiere, numerose Ong italiane e persino Famiglia Cristiana

martedì 10 novembre 2009

O Direito das crianças

O DIREITO DAS CRIANÇAS
(Ruth Rocha)

Toda criança do mundo
Deve ser bem protegida
Contra os rigores do tempo
Contra os rigores da vida.

Criança tem que ter nome
Criança tem que ter lar
Ter saúde e não ter fome
Ter segurança e estudar.

Não é questão de querer
Nem questão de concordar
Os diretos das crianças
Todos tem de respeitar.

Tem direito à atenção
Direito de não ter medos
Direito a livros e a pão
Direito de ter brinquedos.

Mas criança também tem
O direito de sorrir.
Correr na beira do mar,
Ter lápis de colorir...

Ver uma estrela cadente,
Filme que tenha robô,
Ganhar um lindo presente,
Ouvir histórias do avô.

Descer do escorregador,
Fazer bolha de sabão,
Sorvete, se faz calor,
Brincar de adivinhação.

Morango com chantilly,
Ver mágico de cartola,
O canto do bem-te-vi,
Bola, bola,bola, bola!

Lamber fundo da panela
Ser tratada com afeição
Ser alegre e tagarela
Poder também dizer não!

Carrinho, jogos, bonecas,
Montar um jogo de armar,
Amarelinha, petecas,
E uma corda de pular.

Um passeio de canoa,
Pão lambuzado de mel,
Ficar um pouquinho à toa...
Contar estrelas no céu...

Ficar lendo revistinha,
Um amigo inteligente,
Pipa na ponta da linha,
Um bom dum cahorro-quente.

Festejar o aniversário,
Com bala, bolo e balão!
Brincar com muitos amigos,
Dar pulos no colchão.

Livros com muita figura,
Fazer viagem de trem,
Um pouquinho de aventura...
Alguém para querer bem...

Festinha de São João,
Com fogueira e com bombinha,
Pé-de-moleque e rojão,
Com quadrilha e bandeirinha.

Andar debaixo da chuva,
Ouvir música e dançar.
Ver carreiro de saúva,
Sentir o cheiro do mar.

Pisar descalça no barro,
Comer frutas no pomar,
Ver casa de joão-de-barro,
Noite de muito luar.

Ter tempo pra fazer nada,
Ter quem penteie os cabelos,
Ficar um tempo calada...
Falar pelos cotovelos.

E quando a noite chegar,
Um bom banho, bem quentinho,
Sensação de bem-estar...
De preferência um colinho.

Embora eu não seja rei,
Decreto, neste país,
Que toda, toda criança
Tem direito de ser feliz!

martedì 3 novembre 2009

INDIFFERENZA CI RENDE VUOTI

Quando sentiamo che in un attentato centinaia di persone sono morti in Afgnaistan, Irak, ecc, ecc..oppure che in una guerra in Ruanda ne sono morti migliaia di persone...a noi cosa importa? Tanto sono africani, si ammazzano tra di loro da sempre. Quando sentiamo che in un secondo muoiono più di mille bambini di fame nel mondo...e allora? Oppure che gli accordi tra l'Italia e Libia su respingimento dei clandestini provoca centinaia di morto nel confini per esempio tra Libia e Niger...qui gli immigrati che cercavano di raggiungere l'Italia vengono respinti e lasciati morire nel deserto di sete e di fame senza nessuna protezione umanitaria. Eppure l'Italia è un paese Cristiano che lotta contro la decisione della corte europea di togliere il crocefisso nelle scuole...però non riconosci i suoi fratelli (africani)in cristo...l'importante è che sono morti fuori dei nostri confine mentale...
Gli uomini sono diventati indiferente ormai a tutto...nessuno si scandalizza per nulla...siamo diventati degli Ipocrite quando vediamo qualche catastrofe o omicidio in tv...dopo la notizia continuiamo a fare ciò che stavamo facendo prima, senza neanche il tempo di riflettere sull'accaduto. Un pò è anche colpa della tv ma, noi che la guardiamo siamo adulti con capacità di riflettere sulle cose almeno 1 minuto al giorno...ma non lo facciamo...è troppo impegnativo e poi si perde del tempo...o meglio la cosa non ci riguarda da vicino....
L'indifferenza è il peggior difetto che l'essere umano puo' avere.
Un difetto che spesso condiziona la nostra vita, ci rende vuoti,
inutili, guardiamo le persone con distacco, chiusi nella nostra indifferenza e nel nostro egoismo e tendenzialmente arriviamo a offenderle, non ci importa delle ferite che arrechiamo.
Cio' che conta siamo noi. Noi e basta.
E' giusto secondo voi?
Sentiamo spesso parlare di tanti problemi nel mondo,i bambini nascono e muoiono, la povertà spesso uccide, gli uomini stessi non hanno compassione tra loro.
ma noi siamo qua', siamo tranquilli, siamo intoccabili, eppure nel nostro piccolo ci dedichiamo ad una sorta di indifferenza verso le stesse persone che cercano di starci accanto, spesso nel nostro egoismo, scarichiamo su di loro tutto quello che non va, tutto cio' che non tolleriamo.
Si, possiamo da un certo punto di vista paragonare 'indifferenza ad EGOISMO.
In effetti siamo tutti un po' così...tendenzialmente ci feriamo a vicenda..
ma cio' che fa piu' male sono sicuramente le offese gratuite..io sono dolce e tu sei amaro.
Ma chi è dolce e si preoccupa degli altri, non deve prendersela a male...
è chi è stupido ed egoista che resterà solo!

sabato 12 settembre 2009

Falsa Esperança

Falsas esperanças... podem esperar sentados


«É tudo muito bonito quando se consegue fazer um discurso açucarado, mercê de uma esmola do governo chinês. Soa bem aos ouvidos palavras como, "Esperança", "Ensino", "Formação", "Desenvolvimento", etc, etc. Graças a Deus a língua portuguesa, palavras como essas que acabei de enumerar, são pronunciadas na Guiné-Bissau.»


Tendo em conta ao passado histórico e recente, tenho ousadia de afirmar categoricamente que a Guiné-Bissau é um exemplo claro de desperdício de quadros a todos os níveis.

O Secretário de Estado do Ensino, não tem a noção da tamanha barbaridade que disse, quando falou da necessidade do país em formar jovens que futuramente irão contribuir para o desenvolvimento do país, por uma simples razão de o país ter um dos índices mais baixos de alfabetização do mundo, onde os Professores não recebem salários há mais de 10 meses, e são desrespeitados pela classe política.

O país neste momento conta com muitos licenciados nos países da UE, Russia, Cuba, Marrocos, Argélia, Senegal, etc, mas só regressam à casa os estudantes formados nos países extra-COMUNITÁRIOS da UE.

Porque será?

A resposta é trivial: temos quadros que regressaram dos países acima supracirados, exceptuado os da UE e que até à data estão sem trabalho e os que estão a trabalhar não recebem salários.

Onde é que entra a palavra "Esperança" e " Desenvolvimento"?

Nunca ninguém questionou o facto do país não contar com médicos formados nos países da UE nos seus hospitais, porque nenhum deles seria idiota para pagar do seu bolso a passagem de regresso, para ir trabalhar num hospital sem condições mínimas de funcionamento, e com um salário miserável. Quem diz médicos, também, pode bem falar de Engenheiros e Arquitectos.

Temos o ensino mais pobre do mundo, com alguns Educadores e Professores sem formação pedagógica. Estamos a ser governados por pessoas que não têm formação superior e sem experiência na matéria, isto é, uma ignorância total e uma ambição desmedida que leva a que não haja o bom senso de deixar mandar aquele que é inteligente.

Por todas essas razões e com a actual conjuntura do país, permite-me substituir as palavras proferidas pelo inocente Secretário de Estado do Ensino que não deve perceber nada disto, por outras, como sejam, "ignorância", "desperdício", "irresponsabilidade", "desconhecimento", etc, com total falta de ideias para solucionar os problemas da educação e ensino no país.