sabato 12 settembre 2009

Falsa Esperança

Falsas esperanças... podem esperar sentados


«É tudo muito bonito quando se consegue fazer um discurso açucarado, mercê de uma esmola do governo chinês. Soa bem aos ouvidos palavras como, "Esperança", "Ensino", "Formação", "Desenvolvimento", etc, etc. Graças a Deus a língua portuguesa, palavras como essas que acabei de enumerar, são pronunciadas na Guiné-Bissau.»


Tendo em conta ao passado histórico e recente, tenho ousadia de afirmar categoricamente que a Guiné-Bissau é um exemplo claro de desperdício de quadros a todos os níveis.

O Secretário de Estado do Ensino, não tem a noção da tamanha barbaridade que disse, quando falou da necessidade do país em formar jovens que futuramente irão contribuir para o desenvolvimento do país, por uma simples razão de o país ter um dos índices mais baixos de alfabetização do mundo, onde os Professores não recebem salários há mais de 10 meses, e são desrespeitados pela classe política.

O país neste momento conta com muitos licenciados nos países da UE, Russia, Cuba, Marrocos, Argélia, Senegal, etc, mas só regressam à casa os estudantes formados nos países extra-COMUNITÁRIOS da UE.

Porque será?

A resposta é trivial: temos quadros que regressaram dos países acima supracirados, exceptuado os da UE e que até à data estão sem trabalho e os que estão a trabalhar não recebem salários.

Onde é que entra a palavra "Esperança" e " Desenvolvimento"?

Nunca ninguém questionou o facto do país não contar com médicos formados nos países da UE nos seus hospitais, porque nenhum deles seria idiota para pagar do seu bolso a passagem de regresso, para ir trabalhar num hospital sem condições mínimas de funcionamento, e com um salário miserável. Quem diz médicos, também, pode bem falar de Engenheiros e Arquitectos.

Temos o ensino mais pobre do mundo, com alguns Educadores e Professores sem formação pedagógica. Estamos a ser governados por pessoas que não têm formação superior e sem experiência na matéria, isto é, uma ignorância total e uma ambição desmedida que leva a que não haja o bom senso de deixar mandar aquele que é inteligente.

Por todas essas razões e com a actual conjuntura do país, permite-me substituir as palavras proferidas pelo inocente Secretário de Estado do Ensino que não deve perceber nada disto, por outras, como sejam, "ignorância", "desperdício", "irresponsabilidade", "desconhecimento", etc, com total falta de ideias para solucionar os problemas da educação e ensino no país.